domingo, 24 de março de 2013

VIDA


Aquele homem não atentava para seu temperamento intempestivo e ciumento. Num dia lindo de primavera chegou em casa e viu a amada mulher em atitude suspeita. O que ela escondia debaixo do travesseiro? Que papel colorido e perfumado era aquele? Perguntou-lhe com voz ríspida. Assustada ela respondeu que era nada. Sem mais perguntas ele a puxou pelos cabelos e saiu arrastando com safanões. Ela, nenhuma palavra pronunciava, era como se apenas seu corpo estivesse ali. No auge da fúria ele a leva para a cozinha e o brilho da lâmina põe fim àquela vida, ainda jovem. Ele volta para o quarto e então, pelo caminho percebe outros papéis iguais, pega um por um, sendo o último aquele do quarto, debaixo do travesseiro. Abriu e em todos leu:

"MEU AMOR, HOJE COMPLETAMOS UM ANO DE CASAMENTO E QUERO REAFIRMAR AO MUNDO INTEIRO QUE VOCE É O HOMEM DA MINHA VIDA E EU TE AMO MUITO. VOCE É A MINHA FELICIDADE.
P.S: Convidei nossas famílias e amigos para uma grande festa. Beijos."

3 comentários:

Antenor Rosalino disse...

Parabéns, Luna, por tão maravilhoso blog. Esta crônica emociona em todos os aspectos e remete a casos, infelizmente, semelhantes. Meu carinho e meus aplausos.

Anônimo disse...

...E naquele instante ele morreu junto dela.Seu corpo poderia até continuar perammbulando pelos caminhos da vida,mas sua alma se desvaneceu...que tolo!
Vim desejar que sua segunda seja animada e que vc cante e dance na presença do SENHOR que tanto te ama e tem cuidado de ti,
Abraço carinhoso pra vc,querida!

Lfc disse...

Pérola.

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