sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Primeira Vez






A viagem foi longa no dia anterior

Mais pela ansiedade do que a distância

Nem consegui dormir com o teu ardor

Logo cedo estava lá com a minha inconstância



Como ficar calmo na tua espera

De lá pra cá, sobe desce, até nas unhas descontei

A impaciência de ti ver como era...

Não... Ainda é difícil ficar longe do que sonhei



Passei os olhos diante da multidão

Demorei a ti ver por trás de tantos rostos

Em todos procurava o motivo da minha solidão

Mas eram todos corpos ocos



A minha menina de repente apareceu

Estou aqui na entrada tu disses

Já não aguentava esperar para ser teu

Era tudo que queria de ti ouvires



Como um cão perseguido a presa

Fui cego ao teu encontro

Vestida de preto como uma viúva Condessa

Lá tu enterraste o teu passado com o outro



Só a tua boca eu queria e mi deste

Mi deste como queria a minha

Foi o nosso primeiro beijo

Ali, tu assinaste que era só menininha



Sedenta de desejo e de ardor

Ti entregaste sem qualquer temor

Sorveu a minha alma sem pudor

E pela primeira vez na vida sentiu o que é o amor



Quem tinha mais pressa de possuir quem?

Eu que virei um menino aos teus pés

Ou tu que queira do colo ir além

Lá tu foste quem tu realmente és



Foi cômico nos perdemos no caminho

A tua voz dizendo que queria logo chegar

Ali notei que tu querias beber de todo o meu vinho

Do meu corpo que tu querias roubar



Si mi perguntares do quarto daquele motel

Pouco me lembro, meus olhos queriam apenas a ti

Queria apenas ti possuir meu anjo como um demônio infiel

No teu longo abraço fechado os dois em si



A tua boca ardente a mi devorar

O desejo era grande de ti despir

Mas havia uma promessa a cumprir

O colo, o conforto e proteção que queria ti dar



O mesmo que colo que ti ofereci quando ti conheci

O mesmo colo que tu negaste por educação

Que pode ter tomado como ofensa, e não o quis

Mas que quase choraste em meio à sedução



A bela dama de negro se despiu

Como quem oferece a alma em sacrifício

E era tudo como prometido, não mentiu

E o teu belo corpo de luxuria virou o meu vicio



Eu ti pedi, e tu cumpriu

A tua ultima defesa

De moça indefesa

Em nada mentiu



Alva a tua ultima defesa

Branca como a doçura da tua pureza

A mesma pureza de teus desejos e sentimentos

A tua lingerie, não precisarias desses ornamentos



Sem muito o que seguir

A não ser os teus passos

A tua mão a mi despir

Senti o teu calor por inteiro em um novo abraço



Enquanto mi beijava

E a minha mão a explorar o teu corpo

O espelho ti entregava

Vendo todas as curvas do teu dorso



Ali eu perdi o respeito do amor

Descendo as duas mãos para a sua bunda

Hummm! Escutei por entre o beijo dado com mais ardor

Deitando-se lentamente oferece a tua zona fecunda



Aonde estás a preocupação?

Aonde estás a culpa imaginada?

Só vejo uma mulher desejosa de paixão

Deitada ali na cama só vejo a minha amada



Por entre carícias pelas tuas coxas

Os teus olhos se fecham para saborear o momento

Si lembra-se de mi puxar para o mais desejado de uma moça?

Saboreando o teu gosto como um vampiro sedento



Não sei por quanto tempo estive ali

Mas nunca será o suficiente

Para matar a sede que tenho de ti

E de todo esse ato delinquente



Voraz como Lilith e Divina como Maria Madalena

Toma conta da situação retribuindo mas não sem receber

Ao fim disso só resta usar de minha algema

Minhas mãos em tuas ancas com todo o prazer



Mas isso ainda é pouco, procuras proteção

Por um hesita, mas não leva mais que um segundo

O que procuras esta na mesa mas não há preocupação

Que ti afugente mais que desse ato profundo



Como dona de si mi dominas em tua fúria

A dor inicial dá lugar a tuas bochechas rubras

Enfim liberta-se a Deusa da Luxúria

Livre e solta como uma criança pelas ruas



Aonde estás a preocupação?

Aonde estás a culpa imaginada?

Com o tempo só vejo no teu rosto a explosão

De quem recebe o carinho que tanto ansiava



Tinhas medo de que?

Antes de começares a gemer...

Por que tanto medo?

Já que agora jaz o teu folego sobre o meu peito



O enlace perdurou

Infelizmente não havia muito tempo

E a ultima cena sempre voltou

Não importasse a direção e o momento



Com carinho especial

Lembro-me de um instante

Do teu dorso magistral

Que vista estonteante



Cada musculo teu mi chamando para dentro de ti

Como se o importante fosse o meu desejo

Mas o meu prazer é o seu prazer em si...

Foram apenas cinco nesse arpejos



Houve um tanto mais de carinho trocados

Naquela manhã de sonhos em teus seios

Mas a maior honraria que poderia ter mi dado

Foi o teu gozo final deitado no meu peito



Em silêncio deitada nos braços

Vira-se como uma criança

Mi puxa para ti proteger

E o teu beijo nunca será esquecido



O final teve gosto de que não foi nada em vão

Sequei-a do teu banho como quem seca as lágrimas

Que todo esse fogo que queima em nós

Nunca vire frias cinzas de um passado esquecido

2 comentários:

Luna Di Primo disse...

uma linda história de amor, poeta...bju

★MaRiBeL★ disse...

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. ★MaRiBeL★ .

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